sexta-feira, 9 de abril de 2010

Será que a destruição é da nossa natureza?

Entre outubro de 2008 e janeiro de 2009 a floresta amazônica perdeu 754,3 quilômetros quadrados de área verde. Uma área equivalente como ir de Porto Alegre a Florianópolis e voltar. Poderíamos dizer uma ilha de mortoalegrensses. E infelizmente, um genocídio que não vem só, junto com esses dados pode-se agregar outras destruições como espécies animais, vertentes de rios, terra que passa a ser árida, enfim um olhar pela janela de um verde que vai virando cinzas.




A gestão de pessoas quando não olha pelas pessoas não é muito diferente. Tira o verde, o broto, o que está para nascer, à inovação. É muito importante motivar, integrar, fazer com que as pessoas tragam seus mundos para dentro do mundo empresarial. Mas o mais importante é que quando elas se sentem confortadas, respeitadas, não saquemos uma moto serra e cortemos suas copas, seus sonhos. A gestão de pessoas, a administração, o caminho empresarial deveria gravar em seu ambiente uma frase do Neruda tão significativa: "A pessoa certa é a que está ao seu lado nos momentos incertos". Tão óbvio que cientificamente parece impossível de ser compreendida.



Segundo o "Índice do Planeta Vivo", as espécies terrestres tiveram um declínio de 25%, as marinhas de 28% e as de água doce, 29%. As aves marinhas tiveram uma taxa particularmente alta de extinção: as populações de numerosas espécies declinaram 30% desde meados dos anos 90. Quem não evita as pequenas faltas, decisivamente acaba caindo nas grandes. Se formos desonestos com nós mesmos, seremos desonestos com os outros, se formos infiéis aos nossos ideais, seremos aos nossos clientes, se não buscamos com toda intensidade a felicidade, podemos nos tornar uma metralhadora de tristeza. Se não queremos perder inteligência competitiva, declinar em relação aos trabalhadores de conhecimento que desenvolvem atitudes construtivas, temos que entender que o sucesso coloca em movimento comportamento melhores que os derrotados.



59% dos brasileiros acreditam em Deus e em Darwin. Apenas 8% acham que a evolução ocorre sem a participação de Deus. Os índices variam segundo a classe social e a educação. Quanto maiores a renda e o grau de escolaridade, maior é a parcela de darwinistas e menor a de criacionistas. O Datafolha ouviu 4.158 pessoas com mais de 16 anos. A margem de erro é de dois pontos. De alguma forma essa pesquisa revela que o sonho e a realidade, o pragmático e o lúdico, o científico e o religioso, devem parar de se gladiar, para passarem a dialogar. Aprendemos que não existe frio, existe falta de calor. Preferimos pensar que não existe frio, existe é um intervalo em todo o universo para o dialogo.



Feedback, avaliação 360 graus, comitês multi ou interdisciplinares não são o rompimento total com os processos mecanicistas dentro da própria administração, até o amor em alguns momentos é Tayllor, sistematização e hábito. Newton não estava errado, a quântica é o intervalo para o diálogo, Freud não estava errado, a neurociência é um intervalo para o diálogo, acreditar em Deus não está errado, Darwin é um intervalo para o diálogo. Até então temos sido animais predadores, a cooperação é um intervalo para o amor.



Quando nos permitimos dar esse intervalo para o amor muda o sentido da vida. Nesse momento o trabalho tem outro sentido, a natureza tem outro sentido, as pessoas que nos cercam têm outro sentido, a nossa natureza passa a ter outro sentido, porque o conhecimento tem outro sentido. O sentido de estar em paz. E guerra não é a falta de paz. É um intervalo para o diálogo.

O Fenômeno das Redes Sociais.

Cenários de uma contradição.
Nos anos 70 o hit de liberdade poderia estar conceituado na música do Caetano Veloso que dizia assim: "Caminhando contra o vento Sem lenço, sem documento /No sol de quase dezembro /Eu vou..." Mas o que parece é que em tempos hipermodernos não se usa mais lenço e sem documento, a liberdade passou a ser uma passaporte em uma, várias ou mesmo nas milhares redes sociais que se proliferaram tal qual vírus.

Adrian Slywotsky, especialista em estratégia, cita em vídeo que as estratégias de mercado mudaram para as empresas na Era Digital. Ele reforça que nem sempre quem detém o market share é quem tem mais lucratividade. Para ele três perguntas precisam ser respondidas: onde nós como fornecedores poderemos criar lucratividade em nosso setor? O que acontece com a forma que os clientes estão mudando, não somente em suas preferências, mas também no seu poder que redefine o espaço de oportunidades? Qual o design ou modelo de negócios da próxima geração que temos que construir para capturar e proteger a lucratividade?

O menino de 12 anos que já tem seus próprios gostos e tomada de decisão, antes da compra do seu Nike 6.0 fez uma pesquisa criteriosa pela WEB nas lojas que ofereciam o produto, ligou e sentenciou de quem seria cliente. O mesmo pré – adolescente participa de no mínimo 3 redes sociais que estão em grande evidência: Facebook (300 milhões), Orkut (120 milhões), Flickt (4 milhões).

O passeio ciclístico para comemorar os 238 anos da capital gaúcha, reuniu cerca de 2 mil pessoas que deixaram seus carros de lado e foram pedalar. Lorenzo não deixou o seu carro, deixou de lado seu computador e pegou a sua bike, colocou seu capacete e lá estava ele impressionado com tanta gente junta e com capacetes de tantas cores.

O novo consumidor gosta do beijo molhado, é apaixonado por pequenas baladas onde não se concentram mais que 100 pessoas. O novo consumidor é virtualmente realista. Uma dictomia surpreendente para as antigas cabeças analógicas e profundamente normal para as cabeças da Era digital. Nestes mesmo corações é possível bossa nova e rock ao estilo clássico Nirvana, diga-se de passagem clássicos que se habituaram a ouvir e a tocar no game da Nintendo Guitar Rero, que teve com extraordinário sucesso o lançamento com os Beatles. Nessas mentes carregadas de informações do tipo QUADRIBAND, Touch Screen ,cartão de memória (Micro SD) expansível até 8gb; Câmera de 2.0 Megapixels, C/ Zoom digital , Bluetooth, Acelerometer sensor, continua valendo ver o por – do – sol. Os nerds fazem esporte, os que lêem gastam horas na frente do computador, jogam bola e jogam o FIFA. Poeticamente intensos na vida e poeticamente intensos em seus torpedos carregados daquelas figurinhas winks (emoticon).

Conforme pesquisadores as mídias sociais derrubaram com os limites da privacidade. Um livro aberto. Mas até que ponto esse livro é ficção ou realidade? Se os olhos azuis são mesmo castanhos, se os 1,80 de altura são mesmo 1,65 e se alguém está ali para tratar de verdades explicitas ou mentiras sinceras interessam. É evidente que as pessoas recorrem cada vez mais aos sites para fugir da solidão e poder construir um mundo não apenas paralelo, mas transversal. Porque ali nem tudo é mentira, mas é possível que dos 800 amigos, não se tenha nunca nem visto 30% deles. Os sites de redes sociais atraíram 139,8 milhões de visitantes em abril, um aumento de 12% em relação aos 124,4 milhões registrados em março, de acordo com a comScore, empresa que mede o tráfego na Internet. A pesquisa de abril constatou que o MySpace liderava a categoria com 71 milhões de visitas, o Facebook vinha em seguida com 67,5 milhões e o Twitter com 17 milhões — um aumento de 83%, dados de 16 de junho de 2009.

Podemos entender as Redes Sociais como uma desmedida entrega pelo objeto. Desta forma os ali inseridos estão construindo um novo objeto de suas próprias vidas, vidas que não se distinguiram no espaço do campo real, uma caso típico de escritores e seus blogues. Mas particularmente gostamos de pensar que as Redes Sociais tem uma característica do "ensaio como forma", a obra do inacabado, o diálogo do monólogo, a perspectiva do ponto, o fim do infinito. A construção da desconstrução, a desconstrução da construção. Visto a partir desses andares, que é possível se subir sem escadas e nem elevadores, um banner da Guess vai surtir muito menos efeito do que a história de como surgiu o jeans, dizem que a primeira vez que o termo foi usado era para designar a roupa em 1567, em uma descrição das calças dos marinheiros que viviam na cidade italiana de Gênova. Fica claro que há uma transformação ocorrendo : uma mente – máquina se decompondo para o nascimento de um coração – imaginação.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Feliz Páscoa Ilê.

"1/3 do mundo domingo comemorará a Páscoa.
Mas isso não quer dizer que o restante
também não deseja um mundo mais doce".

A diversidade, seja qual for: religiosa, racial, sexual ou apenas porque se todos gostassem do amarelo o que seria do vermelho, seja uma forma sempre de "Paixão" e não "Crucificação". Feliz Páscoa.