segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Dar um dia para a vida.


Por Sander Machado e Paulo Ricardo Silva Ferreira


Temos vivido experiências interminavelmente enriquecedoras em nossos ciclos de treinamento e desenvolvimento. Não há vários motivos, há um motivo: somos humanos. A natureza do construir uns com os outros a consciência numa escrita neuro, física e corporal, é a deusa do viver. Por mais que as tecnologias, os ciber_relacionamentos, os rompimentos de fronteiras realizados pelo mundo midiático tenha nos favorecido em velocidade e acesso, só quando nos olhamos olhos com olhos, podemos ver uma luz brilhando como uma vela.

“Dar um dia para a vida”, foi assim que naquela tarde de muito sol e o corpo ainda cansado de tantas novidades que um dos participantes do treinamento Líder em Ação realizado na AES Eletropaulo, definiu os dois dias que vivenciou experiências completamente fora de seu curso normal.

Temos dado tempo para tudo mesmo? O churrasco com os amigos está cronometrado, a festa de aniversário de 1 ano é cronometrada, a caminhada ficou para depois, a visita aos pais que já estão velhinhos ficou para mais adiante, aquela viagem as cascatas vai sair, mas sabe quando.

Dar um dia para a vida não pode se resumir as agendas de negócio, ao novo pós -graduação que reverta em mais estabilidade financeira, ao emprego que aceitamos para garantir as contas a pagar. Esse mundo das esteiras, do fiscal de coisa alguma, combinava muito bem com a Revolução Industrial e suas várias teorias da Era da Máquina. A era da máquina dá seus últimos suspiros na UTI e quem não se der conta disso verá a Era da Cooperação com receio e apreensão. Será bagagem ao invés de passageiro nesse trem.

Somos pescador entre a vara e o anzol. A contemplação é a virtude. O compartilhar é a habilidade. O celebrar é a não separatibilidade entre o ofício e o prazer. Aprender com os diferentes o desenvolvimento. Dar um dia para a vida é desfrutar da sustentabilidade do ser. Isso nos faz empreendedores de uma coisa muito maior, um novo produto, um novo projeto, uma empresa mais competitiva, profissionais diferenciados, atingir o sucesso, enfim ser feliz. Isso nos permite criar e para esse outro mundo chamado a Era da cooperação - criar é palavra chave. Criar tempo para o amor, criar tempo para os amigos, criar tempo para as conversas de corredores, criar tempo para o cafezinho e risadas que criam outras risadas, criar tempo para o nada, criar tempo para tudo, criar tempo para ler um livro, criar tempo para aprender um instrumento, criar tempo para uma atividade que envolva tintas, criar tempo entre o trabalho e a casa, a casa e o trabalho. Criar tempo para dar um beijo, um abraço, um aperto de mão. Criar tempo para dar um dia para a vida.

Não esconda quem você é, pois como o sol beijará o mar? Pior que os ladrões são as prisões, pior que a vergonha é a ignorância, pior que a desilusão é a ilusão. Nenhum lugar é vitalício. O grande prodígio que o cotidiano produz é a possibilidade interminável de todos nós estarmos ciclicamente desempenhando papéis ora de mestres e ora de aprendizes: o pulsar. Permita o seu movimento nessa onda. Vai ser mais fácil chorar, sorrir, dialogar, compreender, emocionar-se. Cometa uma insensatez pelo menos uma vez por semana, esqueça o que o outro ou os outros irão pensar e declare-se – amo vocês. Seja o seu capitão desse mundo e não ache sonhos uma bobagem, principalmente aqueles que se referem ao amor, porque não há como SER e ESTAR melhor, sem dar um dia para a vida.

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