segunda-feira, 17 de agosto de 2009

É fora de série como a empresa consegue ficar fora do mundo. A proibição das Redes de Relacionamento.

Relacionar-se sempre foi um grande vírus para as empresas. De alguma forma o pensamento sempre foi que gente dá pitaco, bota bedelho, mete a colher e para um marketing voltado para o produto estar longe de seres vivos era inclusive melhor do que vender. É coisa do passado não estar tão presente na vida do seu cliente, mas não tão ultrapassada. Ainda em plena idade do marketing de relacionamento somos desaforadamente obrigados a confraternizar assuntos com call centers eletrônicos. Nós todos, inclusive a senhora de 86 anos dizendo que a moça pede que ela espere por mais alguns instantes.

Em determinado momento histórico descobrimos que o meio digital era o caminho mais rápido para nos descobrirmos. Daí veio inúmeras possibilidades, um admirável mundo que nem mesmo Aldous Huxley poderia ter profetizado. Relacionamentos que iam desde namoros, novos amigos, conhecimento e pesquisa, até oportunidades profissionais como marketing alternativo, fornecedores, profissionais, clientes, negócios. Relacionamento e mais relacionamento e mais relacionamento pelas redes sociais como Orkut, YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn.

Claro que essa grande diversão não poderia demorar muito tempo. É evidente que esse rir e esse falar alto, expressar-se, estar pele a pele de alguma forma estava com os dias contados. Imagine se esse ócio não poderia colocar um vírus nesse amontoado de processos e planilhas, metas e missão que os planejamentos estratégicos juram parametrizar com total rigorismo. Proibindo as redes de relacionamento dentro das empresas seus executivos entre outros pecados cometem o pior – aquele que diz que o lado de fora não deve entrar para o lado de dentro. Voltam a incorrer em um dos maiores problemas na GESTÃO DE PESSOAS: a separatibilidade entre o pessoal e o profissional. Mais uma vez aquele manto sagrado de maturidade da revolução industrial está colocando cada qual para trabalhar bonitinho na sua esteira. No momento que a empresa priva seus colaboradores, com certeza também está se privando da Era da Inovação.

Existem atualmente 46 milhões de pessoas se relacionando pelo Twitter, dados do Wikipédia em 2007 o Orkut já contava com mais de 68 milhões de usuários e o Facebook não deixa para traz, a rede obteve 15 milhões de acesso via celular. Some e irá ter 130 milhões de possibilidades de negócios que estão lá sem nenhum ônus de mídia. Seu profissional de tecnologia pode jurar de pés juntos que é muito mais seguro ficar do lado de fora desse mercado inteiro. Nós acreditamos que desenvolver uma cultura empresarial de acesso a essas redes de relacionamento é muito mais inteligência competitiva, até porque não tem vírus mais destruidor do que aquele quando o nosso produto ou serviço está fora do mundo.

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